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Liderança: não é sobre ser perfeito, mas sim sobre ser humano e humilde

Liderança não é sobre ser perfeito, mas sim sobre ser humano e humilde

Introdução

Esta semana, vou falar um pouco sobre liderança. Já faz um tempo que não falo sobre isso, e aconteceu uma situação que me fez refletir sobre como nossos comportamentos influenciam nossa liderança.

Mentoria e Análise Transacional

Estou fazendo mentoria com algumas pessoas do meu time. São pessoas que eu já havia notado que têm o perfil de liderança, mas que atualmente não exercem necessariamente essa função. Durante essas sessões de mentoria, falo sobre diversas questões, estilos de liderança, como e quando eles fazem sentido, e questões comportamentais. Na última sessão, estava falando sobre comportamento e, para isso, estava usando a teoria da Análise Transacional do psicólogo Eric Berne.

Análise Transacional define alguns estados do ego

Para dar uma visão geral, de forma bem sucinta, a Análise Transacional define alguns estados do ego, que são papéis que podemos assumir em cada situação que vivenciamos. São eles: Pai, Adulto e Criança, cada um com suas aberturas, que definem como a pessoa vai se comportar, seja de forma mais reativa, mais crítica, mais submissa, entre outras.

Dinâmica na Mentoria

A dinâmica que estava fazendo consistia em cada pessoa assumir um desses papéis em uma determinada situação de liderança para ver quais estímulos seriam engatilhados nos demais participantes da dinâmica. É claro que a dinâmica foi muito rica. É muito bom ver como as pessoas são capazes de interpretar papéis, mesmo que, em um primeiro momento, fiquem um pouco travadas. Mas isso faz parte, não estamos acostumados a nos expor.

Interpretação dos Papéis

O que achei mais interessante não foi apenas a interpretação dos papéis, mas como a personalidade de cada um influenciou nessa interpretação e trouxe à tona questões que as próprias pessoas não percebiam. Como, por exemplo, o fato de ser mais protetor com algumas pessoas quando deveria ter um pouco mais de rigidez, ou de ser mais submisso e aceitar as coisas sem muito questionamento.

Decisões Tomadas

Houve um ponto super interessante também. Eu não disse para cada um deles qual decisão deveria tomar, como deveriam conduzir, como deveriam tratar o outro. Deixei que eles lidasssem com a situação de forma aberta, apenas dei detalhes de como aquele estado do ego influenciaria no comportamento daquela interpretação.

Comportamento em Cenários

Conforme eles foram fazendo as dinâmicas e os diálogos, mesmo em situações onde havia uma pitada de exagero ou crítica no cenário, eles traziam uma preocupação genuína com o outro. Como em um cenário de uma conversa difícil, onde a outra pessoa começava a trazer várias coisas ruins que aconteceram com ele durante a semana, para fugir um pouco do assunto, e os líderes, que não conheciam o script do outro, começavam a perguntar como a pessoa estava. Eles não deixaram de abordar as questões levantadas, mas mostraram interesse genuíno pela situação da outra pessoa e tentaram entender seus sentimentos e perspectivas.

Esse tipo de atitude é importante em todas as áreas da vida, seja no trabalho, nas amizades ou na família. Quando nos importamos genuinamente com as outras pessoas e tentamos entender suas perspectivas e necessidades, criamos relacionamentos mais fortes e saudáveis. Além disso, esse tipo de atitude pode ajudar a evitar conflitos e resolver problemas de forma mais eficaz.

Portanto, se você quer melhorar seus relacionamentos com as pessoas ao seu redor, tente mostrar mais interesse genuíno por elas. Escute com atenção, tente entender suas perspectivas e necessidades, e mostre que se importa com elas. Com o tempo, você verá que suas relações vão se tornar mais saudáveis e satisfatórias.

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