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4 Fatores que sabotam o seu crescimento

Fatores que podem sabotar o seu crescimento

Você sabe o que pode sabotar o seu crescimento ?

Pode até parecer que você tem total controle sobre o que acontece na sua vida, mas a verdade é que nós temos hábitos e crenças que podem ter sido criados desde a nossa infância e que são responsável por sabotar o nosso crescimento. Nesse artigo eu vou falar sobre algumas dificuldades que muitas pessoas possuem para tomar rédeas das suas vidas.

A Falsa Dependência dos Outros 

Isto acontece quando você cria na sua cabeça uma dependência que não existe. Algumas vezes você faz isso para evitar uma tarefa que não gosta ou não se acha capaz de fazer. Ou então porque entende que outra pessoa tem mais capacidade que você. A verdade é que no fundo, existem muitas coisas que nós poderíamos fazer, mas acabamos procrastinando com a desculpa de que precisamos dos outros.

Quer ver um exemplo? Ninguém gosta de ligar pra NET, não é?

Eu tinha pedido para minha esposa ligar para NET para me ajudar com a transferência de titularidade e troca de plano da minha mãe.  E ela me respondeu, “eu posso te ajudar, mas preciso que você me diga qual o plano que a sua mãe vai ficar, se vai manter o telefone e quanto ela precisa de internet”.

De forma inconsciente, ela já tinha na cabeça uma lista de coisas que querendo ou não, a colocavam em uma dependência de mim.  Entendam, eu não pedi ajuda a ela porque não queria fazer, nós costumamos dividir algumas tarefas. Por exemplo, eu costumo levar o carro na oficina, porque ela não entende de mecânica e não se sente confortável. Mas imagine que eu estivesse viajando e o carro quebrasse, ela não ia ter que resolver, mesmo não entendendo de mecânica?

Enfim, as respostas dos seus questionamentos não dependiam de mim. Ela sabia que o objetivo era baratear o plano e que minha mãe só assiste TV aberta e não usa celular. Mas, considerando que ela não soubesse nada disso, quem é a pessoa que iria responder? Minha mãe, certo? Não seria mais fácil perguntar a ela?

Procrastinação

Esse é um mecanismo do nosso cérebro que faz com que a gente evite o gasto de energia procrastinando, mesmo que inconscientemente, colocando obstáculos que muitas vezes não são reais.

Qual o grande problema aqui? Além de você deixar de fazer algo que é importante e que provavelmente você vai acabar fazendo quando se tornar urgente (mas sem o tempo que deveria ter), existe a questão da falta de autonomia. Você vai deixar de se empoderar em coisas da sua própria vida.

Reflita.  Você já deixou fazer alguma coisa que podia te trazer um benefício simplesmente porque se colocou dependente de outros?

Isto pode acontecer inclusive nos relacionamentos. Por exemplo, não ir à academia porque seu parceiro(a) não vai; não fazer uma pós, porque não quer estudar sozinho; não fazer um curso de inglês porque não tem com quem conversar. Tenho certeza de que você em algum momento já criou desculpas que justificassem uma negação pra não se sentir culpado.

Aproveite e dê uma lida no nosso artigo sobre Procrastinação e entenda um pouco como não cair neste ciclo.

Delegar a sua carreira

Vamos falar de carreira? Você conhece alguém que reclama que a empresa não tem plano de desenvolvimento ou de carreira, que não paga treinamentos, mas que cobra que você saiba mais.
Se você trabalha em uma empresa que cobra que você saiba mais, você está muito bem. A maioria das empresas quer apenas que você esteja adequado ao seu job description atual, ou seja, se você ficar durante 10 anos fazendo a mesma coisa e isso for suficiente para empresa, ótimo pra ela e péssimo pra você.

Sei que para muitos vai doer o que eu vou falar agora, mas a verdade é que a única entidade responsável pela sua carreira é você. Se você acha que gastar dinheiro com estudo e desenvolvimento pessoal é jogar dinheiro fora e que a empresa que deveria estar pagando, saiba que você está literalmente aceitando qualquer coisa para sua carreira.

Se daqui a alguns anos você estiver desempregado, não adianta sair correndo atrás de certificação, porque o que importa hoje em dia é experiência, portfólio, adaptabilidade, e capacidade de se adequar ao contexto de trabalho ao qual você é exposto. Para isso você tem que ter um mindset evolutivo e não fixo, é saber que evoluir faz parte do dia a dia e aceitar os desafios com alegria. Para saber um pouco mais sobre os tipos de mindset, dê uma lida neste artigo.

Crenças Limitantes

As crenças limitantes são como âncoras e acabam impactando muito nas nossas decisões. Podem ter sido criadas na nossa infância, vivências anteriores ou experiências ruins.

Estamos falando de carreira, certo? No bloco anterior, eu falei de uma crença, “que a empresa tem que arcar com o seu próprio desenvolvimento”. Mas existem outros tipos de crença, como “sou velho demais para voltar para o mercado” ou algumas mais básicas, relacionadas a sua autoimagem. Por exemplo, aquela menina nunca vai ficar comigo porque eu sou feio, porque eu sou baixo, porque eu sou pobre, porque eu sou… crenças…. Tudo isso são crenças limitantes.

Se você quer saber se está se sabotando por conta de uma crença, pergunte-se: Que FATO eu tenho para comprovar que EU sou velho demais para voltar para o mercado? Que FATO eu tenho para comprovar que ELA não gostaria de ficar comigo?

Não deixe a sua vida ser pilotada pelas crenças e pelo achismo. Isso vai te dar uma visão diferente das suas possibilidades.

Expectativas e Motivação Externa

Por último, mas não menos importante, não coloque suas expectativas e nem motivação em fatores externos a você. Principalmente quando esses não são dependentes de você.

Tenho uma pessoa muito próxima, que estava super empolgada com um projeto. Estava sempre me contando como estava o andamento, me mostrando tudo que estava aprendendo e imaginando o que iria fazer com todo aquele aprendizado e como iria aplicar.  Sabe aquelas pessoas que estão tão empolgadas que você precisa pedir para ir devagar, por que não estava dando para acompanhar? Então, ela estava assim.

Um belo dia, ela veio conversar comigo e falou que estava desmotivada, porque estava achando que não ia ser nada como tinha imaginado, e que se fosse assim, não se sentia mais a vontade para seguir com o projeto.

Claro que isso gera uma frustação, eu entendo isso. Também não é para sorrir de alegria se algo sair diferente da expectativa. Mas vamos olhar de um outro prisma? Veja tudo que aprendeu, os insights, network e como ficou em evidência? Será que isso não vale? Ou só vale se for do jeito que ela queria?

Vamos fazer uma analogia?

Escalando o Everest

Supondo que o projeto era escalar o Everest. Ela começou a estudar sobre alpinismo, materiais usados, riscos, pontos de apoio e conversou com diversos especialistas. Estava realmente entrando no mundo do alpinismo.

E aí, alguém virou e falou: Mudança de planos, vamos escalar o monte Fuji? Será que realmente tudo que ela fez foi apagado? E se falassem assim: Vamos pegar um helicóptero e eu te coloco no topo do Everest! Será que ela estaria mais motivada por ter chegado onde queria?

A Jornada sempre vai ser mais importante que o destino. Mesmo que o destino mude, toda a experiência da jornada não se perde. Por isso, não coloquem a sua expectativa ou motivação em algo externo. Coloquem no seu aprendizado, na sua jornada, no seu roadmap, isso sim é o importante.

E independente do seu resultado final, seja você chegando ao topo do Everest ou então voltando porque começou uma tempestade, olhe para trás e tenha orgulho do que você conquistou.

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